Toracacotomia
- Exploração da cavidade torácica.
- Indicações
- Hemotórax maciço, com drenagem imediata de 1.500 ml ou mais de sangute pelo dreno tubular de toracostomia ou saída de 200 ml/h nas duas a quatro horas iniciais*;
- Instabilidade hemodinâmica persistente, necessitando de transfusões recorrentes;
- Lesões penetrantes na parede torácica anterior com tamponamento cardíaco;
- Feridas da caixa torácica de grandes dimensões;
- Lesões de vasos nobres no tórax na presença de instabilidade hemodinâmica;
- Evidência de perfuração esofagiana.
Pneunomotórax hipertensivo
- Ar penetra na cavidade pleural de forma contínua e um mecanismo valvular o impede de sair.
- Etiologias
- Traumatismo torácico penetrante, trauma fechado ou mesmo pelo emprego de ventilação com pressão positiva em pacientes com lesões pleuropulmonares
- Acumulo de uma grande quantidade de ar sob pressão na cavidade pleural , causando:
- Colapso do pulmão ipsilateral ao pneumotórax;
- Desvio da traqueia e do mediastino (balanço mediastinal) para o outro lado (o ar empurra o mediastino);
- Compressão do pulmão contralateral, gerando insuficiência respiratória;
- Aumento de pressão intratorácica levando à redução do retorno venoso, o que ocasiona turgência jugular e hipotensão ou choque.
- Grande justificativa para a gravidade do pneumotórax hipertensivo.
- Ele apresenta tanto um comprometimento ventilatório, como também hemodinâmico.
- Caracterizado pela presença de algum ou de todos os achados abaixo:
- Dor no peito;
- Falta de ar;
- Taquipneia, sofrimento respiratório;
- Taquicardia;
- Hipotensão;
- Redução ou até mesmo abolição do murmúrio vesicular;
- Hipertimpanismo;
- Desvio contralateral da traqueia;
- Turgência de jugular;
- Cianose (achado tardio).
- Diagnostico
- É clínico e se houver a possibilidade de usar o fast, pode usar
- Não é necessário raio X
- Raio X pneumotórax
- (a direita, pneumotórax hipertensivo, desvio da traqueia, coração para o lado direito)
- Conduta imediata:
- Toracocentese de alívio. ( 5°espaço intercostal anterior a linha axilar média, 2°EIC linha hemiclavicular quando for criança )
- Em outros casos de trauma resolve-se a hipotensão do paciente com volume, porém no pneumotórax não adianta administrar volume pelo problema hemodinâmico
- Conduta definitiva:
- Drenagem em selo d’água ( 5°espaço intercostal anterior a linha axilar média) O selo d'água funciona como uma válvula unidirecional. Favorece o efluxo dos fluidos acumulados no espaço pleural e impede o retorno destes pelo sistema de drenagem.
- Quando o fluido é ar (pneumotórax drenado p. ex.), ele escapa pelo respiro do sistema para o meio externo.
- Critérios para retirada do dreno de tórax
- Drenagem inferior a 100ml/24 horas
- Líquido seroso (amarelo-citrino)
- Ausência de bolhas de ar (fuga aérea)
- Melhora do padrão respiratório e da expansibilidade pulmonar (na ausculta e no Raio-X)
- Se o dreno não funcionou:
- Pensar em lesão de grande via aérea. ( clínica: borbulhamento intenso e não reexpansão)
- Diagnóstico: broncoscopia
- Conduta imediata: iot seletiva ou 2°dreno, essa é mais usada
- Conduta definitiva: toracotomia
Pneumotórax aberto
- Lesão na parede do tórax que estabelece uma comunicação da cavidade pleural com o ar atmosférico, portanto um trauma torácico aberto (ferida)
-
Lesão de grande porte na caixa torácica ( ⅔ diâmetro da traqueia)
-
Buraco suficiente para o ar entrar, o ar entrar pelo buraco e não pelas vias áereas ( menor resistência o buraco)
-
Conduta imediata:
-
Conduta definitiva:
- Drenagem em selo d’ água + fechamento