Conceitos gerais
Introdução
Pacientes que não recebem tratamento adequado, há a persistência desse processo inflamatório crônico e da resposta regenerativa que o acompanha leva ao fenômeno de REMODELAMENTO BRÔNQUICO
Epidemiologia
Fenótipos asmáticos
| Asma alérgica ("extrínseca") | - É a forma predominante.
Fatores de risco
Fatores desencadeantes
Alérgenos | A presença de certos organismos no ambiente faz com que alérgenos derivados deles fiquem em suspensão no ar, podendo ser inalados. Os principais exemplos são ácaros, pólens, pelos de animais, baratas e fungos. Substâncias químicas também podem exercer o mesmo efeito. |
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Infecções virais | As células da mucosa respiratória dos asmáticos secretam menos interferon, o que as torna mais suscetíveis às infecções virais. Nestes indivíduos, diversos vírus que causam resfriado comum invadem não apenas o epitélio das vias aéreas superiores, mas também das inferiores. Acredita-se que as IVAS representem a principal etiologia de crise asmática. |
Fármacos | Várias drogas podem desencadear broncoespasmo em asmáticos. As principais são os betabloqueadores e o AAS. O mecanismo parece ser o desequilíbrio entre os sistemas adrenérgico(broncodilatador) e colinérgico(broncoconstritor). |
ATENÇÃO: betabloqueadores, AAS e AINE não têm contraindicação absoluta em TODOS os asmáticos! Deve-se avaliar cada caso individualmente… | |
**Exercícios | |
Físicos** | A hiperventilação associada ao exercício, principalmente quando o clima está seco e frio, desidrata a camada líquida na superfície da mucosa respiratória, aumentando sua osmolaridade. A hipertonicidade resultante estimula a degranulação dos mastócitos,.Excesso de riso e choro (que em crianças pequenas “equivalem” a fazer exercício), bem como mudanças climáticas abruptas, também podem produzir o mesmo efeito. |
Dieta | Alguns aditivos presentes nos alimentos industrializados podem desencadear crises de asma, como o metabissulfito(conservante), que libera dióxido de enxofre ao ser metabolizado no estômago. Este gás acaba sendo inalado pelo paciente, causando efeito irritativo sobre a via aérea. |
Poluição | Dióxido de enxofre ou nitrogênio, ozônio, material orgânico particulado: diversos aeropoluentes comuns nos grandes centros urbanos são desencadeantes bem estabelecidos das crises asmáticas. O mecanismo é o efeito irritativo direto da mucosa brônquica. |
Hormônios | Algumas mulheres fazem crises de asma, geralmente graves, no período pré-menstrual (asma catamenial), o que parece estar relacionado à queda dos níveis de progesterona, tanto que essas crises podem melhorar com a reposição de altas doses de progesterona. Disfunção tireoidiana também pode agravar a asma, mas o mecanismo é desconhecido. |
Estresse | Fatores emocionais se relacionam com as crises em alguns pacientes. O contrário, no entanto, eventualmente é observado: Grandes estresses, como o luto, podem transitoriamente melhorar os sintomas asmáticos. |
Patologia
Fisiopatologia
Manejo de adultos, adolescentes e crianças com idade entre 6-11 anos
Diagnóstico
Sugerem Asma | Não Sugerem Asma |
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- Mais de um tipo de queixa respiratória concomitante (dispneia, sibilos, tosse, sensação de aperto no peito). |
Relação VEF1/CVF < 0,75-0,80 em adultos ou < 0,90 em crianças +
| Prova broncodilatadora (BD) | Adultos: aumento do VEF1 > 12% e > 200 ml em relação ao basal. Crianças: aumento do VEF1 > 12% do previsto. | | --- | --- | | Variação diária média do PFE | Adultos: variação diária média do PFE > 10%. Crianças: variação diária média do PFE > 13%. | | Teste de provocação brônquica | Queda do VEF1 ≥ 20% do basal após inalação de metacolina ou histamina ou queda do VEF1 ≥ 15% do basal após protocolos padronizados de hiperventilação, nebulização com salina hipertônica ou manitol. |
Prova broncodilatadora (BD) e Variação diária média do PFE
Broncoprovocação
Prova broncodilatadora
Quanto maior a variação do VEF1 ou do PFE, maior a confiabilidade do diagnóstico de asma!
A espirometria é o método de escolha para diagnóstico, devendo ser realizada sempre que possível.
Teste de alergia
Exames de imagem
Óxido nítrico exalado
Avaliação da asma
<aside> 💡 Imagine um paciente com sintomas diários muito incômodos que ainda não iniciou o tratamento. Você prescreve um breve curso de corticoide oral, visando o rápido alívio sintomático, além de SABA conforme a necessidade, e começa corticoide inalatório em dose baixa associado a um agonista beta-2 adrenérgico de longa ação para tratamento de manutenção. Após algumas semanas o paciente encontra-se totalmente assintomático, ficando, portanto, com a asma controlada. Passados três meses nesta situação você decide reduzir a intensidade do tratamento, deixando apenas corticoide inalatório em baixa dose (passo 2). O paciente continua assintomático ao longo dos próximos meses, mantendo a asma sob controle. Neste momento, podemos dizer que sua asma é na verdade leve, mesmo que no início parecesse se tratar de asma moderada ou grave...
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