Um sistema de serviços de saúde é formado por componentes e funções, a saber:
Organização
Gestão
Financiamento
Infraestrutura
Prestação da atenção
O modelo de Atenção à Saúde é uma forma de organização e articulação entre os diversos recursos físicos, tecnológicos e humanos disponíveis para enfrentar e resolver os problemas de saúde de uma coletividade.
O modelo de medicina voltado para a assistência da doença em seus aspectos individuais e biológicos, centrado no hospital, nas especialidades médicas e no uso intensivo de tecnologia, é chamado modelo flexneriano.
Modelo hegemônico: Com a urbanização e o surgimento de doenças, centralização das características individuais e biológicas do adoecer são evidências da insuficiência do modelo hegemônico.
Indivíduos com sintomas difusos e descontextualizados, leva o uso de instrumentos e exames cada vez mais complexos e caros para diagnosticar doenças, em detrimento do cuidado aos doentes, o que gerou altos custos aos já existentes.
Esse cenário aprofundou-se em um quadro de injustiça na distribuição da oferta e dos benefícios do sistema de saúde.
Era preciso lançar propostas alternativas eficientes e de baixo custo que contemplassem as necessidades de saúde da população.
Em todo o mundo, a ideia mais difundida foi a de modelos centrados na Atenção Básica de Saúde, o que teria resultado, igualmente, na difusão de conteúdos da medicina comunitária.
Essa proposta foi alvo de uma polarização de debates.
Essa proposta foi encarada por grupos de oposição ao governo militar como estratégia para redemocratizar a política e levar assistência à saúde à população em geral
Uma assistência à saúde universal que geraria uma Reforma Sanitária e posteriormente na promulgação da Constituição Federal, a qual proporcionou a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Mesmo com entraves governamentais ao processo de implantação do SUS, foi estabelecida uma estratégia para mudança do modelo hegemônico, a Estratégia de Saúde da Família (ESF), financiada pelo Ministério da Saúde.
A disseminação dessa estratégia e os investimentos na chamada rede básica de saúde ampliaram o debate em nível nacional e trouxeram novas questões para a reflexão.
Esta emergindo um novo modo de tematização das estratégias de atenção e gestão do SUS e de formação dos profissionais de saúde pela Educação Permanente em Saúde.