Inflamação e imunidade
- Atenção especial deve ser dedicada à ativação basal da imunidade inata em idosos sem tratamentos imunomoduladores ou na ausência de quadros infecciosos
- Denominado como inflamm-aging, define-se esse processo como baixo grau de inflamação crônica, em geral encontrada em idosos.
- Discute-se seu papel na gênese de perdas funcionais e de doenças próprias dessa faixa etária
- Teoriza-se também a possibilidade de que as altas concentrações séricas de citocinas pró-inflamatórias observadas durante esse processo provoquem alterações na elasticidade e destruam parte do parênquima pulmonar
- Aparentemente antagônica, mas associada ao inflamm-aging, encontra-se a imunossenescência, definida como respostas imunológicas atenuadas notadamente a agentes infecciosos.
- Essa relação desequilibra a dinâmica entre mediadores pró e anti-inflamatórios, resultando em processo pró-inflamatório crônico (inflamm-aging) que dificulta respostas imunoinatas e adquiridas adequadas em idosos (imunossenescência).
- Esse desequilíbrio entre mediadores da resposta imunológica atrasa sua ativação e prolonga reações inflamatórias, provocando aumento de morbidade e de mortalidade nessa faixa etária notadamente após infecções, exposições ambientais e agressões sistêmicas
- Diante da magnitude e da diversidade de antígenos inalados constantemente, os pulmões humanos desenvolveram defesas imunológicas complexas e engenhosas, utilizando simultaneamente ambas as imunidades (inata e adquirida).
- A primeira linha de defesa pulmonar relaciona-se com a imunidade inata, que sofre alterações durante o envelhecimento, tornando-se progressivamente mais lenta em reconhecer e erradicar patógenos.
- Já a imunidade adquirida (antígeno-específica) vincula-se ao ataque a bactérias encapsuladas, vírus e patógenos intracelulares.
- O segundo tipo de imunidade depende de memória imunológica e da produção de anticorpos pelos linfócitos, ambos progressivamente reduzidos em idades mais avançadas.