No 1º trimestre são realizados até a 13ª semana os seguintes exames:
- **Tipagem sanguínea e coombs indireto:**importante para se investigar mulheres com a tipagem sanguínea com o fator Rh negativo e o feto com o sangue Rh positivo, ou seja, detecta a incompatibilidade sanguínea materno-fetal e se faz a terapia com a administração para a mãe de um concentrado de anticorpos que combate os antígenos Rh e se evitar uma expulsão ou até a eritroblastose fetal.
- Papanicolau ou citologia cérvico-vaginal: trata-se de uma análise ginecológica com o intuito de rastreio do câncer de colo de útero, detectar corrimentos, sinais de colpite ou cervicite que possam sugerir uma infecção em curso.
- Hemograma: é um tipo de vistoria que analisa informações específicas sobre a tipagem e quantidade dos elementos sanguíneos. Durante o pré- natal, tem como objeção a apuração da anemia, um evento comum nesse grupo, que em gestantes é definido quando os valores da hemoglobina encontra-se abaixo de 11g/dl.
- Glicemia: trata-se da dosagem da concentração sanguínea de glicose. No pré-natal é utilizado para pesquisar o diabetes mellitus gestacional. Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, o rastreio básico é feito com uma glicemia de jejum na primeira consulta e um teste de tolerância oral à glicose entre a 24ª e a 28ª semana e o valor considerado normal na primeira consulta é até 85 mg/dl. O critério para o diagnóstico do diabetes é um valor acima de 126mg/dl, e este deve ser repetido para confirmação.
- Exame da tireoide e Tsh: indicado para avaliar a funcionalidade do órgão, sendo solicitado os níveis de TSH, T3 e T4, em razão da hiper função da tireoide propiciar o abortamento espontâneo.
- Sorologias infecciosas: muitas infecções por vírus, parasitas ou bactérias são transmitidas ao feto durante o parto ou através da placenta. O exame de sorologia testa para VDRL, a qual verifica se há sífilis, uma doença sexualmente transmissível, que caso não seja tratada, pode levar a malformação ou até aborto espontâneo. HIV: identifica se há o vírus que provoca a doença do sistema imune, a AIDS. HBsAg: é um teste indicador das hepatites do tipo B e C, se a mãe receber o devido tratamento, evita que o bebê seja contaminado com esses vírus. IgM e IgG comprova se a gestante já teve contato com o protozoário Toxoplasma gondii, que pode cursar com malformações no bebê, caso esta não seja imune, ela deverá receber orientações para evitar a contaminação. Rubéola: averiguar se a mãe possui a doença e tratá-la, pois pode ocasionar malformações nos olhos, coração ou cérebro do bebê, além de aumentar o risco de aborto espontâneo e de parto prematuro. CMV ou citomegalovírus: diagnostica a infecção pelo CMV, que quando não é devidamente tratada, pode causar restrição de crescimento, microcefalia, icterícia ou surdez congênita no bebê.
- Urocultura: testagem laboratorial que analisa, de forma microscópica, a histologia, bactérias e cristais presentes na urina. Não é de caráter doloroso, mas sim, de fácil coleta e exibe dados sobre doenças como infecções urinárias, problemas renais, entre outras.
- Exame parasitológico de fezes: esse é um exame de rotina muito comum. A partir de uma pequena amostra coletada pelo paciente, o laboratório pode identificar possíveis microrganismos e a existência de parasitas no intestino que podem ocasionar doenças.
- Ultrassom: através de ondas de som de alta frequência, produz imagens muito nítidas do bebê, da placenta, do útero e outros órgãos. Avalia o crescimento fetal, feito entre 34 a 37 semanas, o perfil biofísico do bebê, avalia os movimentos, os batimentos cardíacos fetais e a quantidade de líquido amniótico. A ultrassonografia morfológica do 1º trimestre avalia o risco de algumas síndromes cromossômicas.
No 2º trimestre são realizados os seguintes exames:
- Glicemia: é feito um teste de tolerância oral a glicose 75mg em pacientes com glicemia de jejum normal em avaliação prévia, a fim de diagnosticar a diabetes gestacional.
- Ultrassonografia morfológica do 2º trimestre: feita entre 20 a 24 semanas com o intuito de identificar más-formações fetais estruturais, como por exemplo, a fenda labial e anomalias congênitas cardíacas. Nessa fase gestacional, já é possível determinar o sexo do feto.
No 3º trimestre, que compreende da 27ª semana até o nascimento, são realizados os seguintes exames:
- Hemograma, o mesmo exame feito no 1º trimestre, mas que pode novamente ser solicitado.
- Sorologias para sífilis, HIV, toxoplasmose e hepatites B e C: são testes já feitos no 1º trimestre, mas que são novamente solicitados com o intuito de confirmação e cautela.
- Pesquisa do estreptococo do grupo B: realizada um pouco antes da mãe dar à luz em razão dessa bactéria ser um ser comum no trato gastrointestinal e da flora vaginal de muitas gestantes.
- Ultrassonografia obstétrica para avaliação do crescimento fetal: exame muito eficaz para o bom acompanhamento do feto.
- Cardiografia: é uma prova a fim de se verificar os batimentos cardíacos fetais, certificando-se a correta regulação