- Os DSS são os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e
comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus
fatores de risco na população.
- No centro do debate estiveram questões como:
deve a saúde pública tratar do estudo de doenças específicas, como um ramo
especializado da medicina, baseando-se fundamentalmente na microbiologia e
nos sucessos da teoria dos germes ou deve centrar-se no estudo da influência
das condições sociais, econômicas e ambientais na saúde dos indivíduos? Outras
questões relacionadas: a saúde e a doença devem ser pesquisadas no laboratório,
com o estudo biológico dos organismos infecciosos, ou nas casas, nas fábricas
e nos campos, buscando conhecer as condições de vida e os hábitos de seus
hospedeiros?
- Não há uma correlação constante entre os
macroindicadores de riqueza de uma sociedade, como o PIB, com os indicadores
de saúde. existem países com um
PIB total ou PIB per capita muito superior a outros que, no entanto, possuem
indicadores de saúde muito mais satisfatórios.
- Enquanto os fatores individuais são importantes para identificar que
indivíduos no interior de um grupo estão submetidos a maior risco, as diferenças
nos níveis de saúde entre grupos e países estão mais relacionadas com outros
fatores, principalmente o grau de eqüidade na distribuição de renda.
- Por exemplo,o Japão é o país com a maior expectativa de vida ao nascer, não porque os japoneses fumam menos ou fazem mais exercícios, mas porque o Japão é um
dos países mais igualitários do mundo.
- Os autores encontraram que os fatores de risco individuais,
como colesterol, hábito de fumar, hipertensão arterial e outros explicavam apenas
35 a 40% da diferença, sendo que os restantes 60-65% estavam basicamente
relacionados aos DSS.
- Ambiente de trabalho: É um dos principais fatores que definem o risco de contaminação por COVID-19, visto que, por tratar-se de uma doença altamente transmissível, um ambiente de trabalho onde o contato humano é inevitável (como a de um profissional de enfermagem), ter-se-à alto grau de contágio.
- Educação: Como a higiene básica é um método de profilaxia, a educação torna-se um fator extremamente determinante. Nessa perspectiva, é incontestável que o indivíduo que detêm o conhecimento da importância de lavar corretamente as mãos tem menos chances de contrair a doença.
- Aspecto cultural: O povo brasileiro é mundialmente conhecido por ser muito caloroso e não se importar com o contato físico. Dessa forma, por ser uma doença onde a transmissão é potencializada pela proximidade entre as pessoas, a COVID-19 espalhou-se rapidamente no Brasil.
- Habitação: Geralmente quando um indivíduo é contaminado por COVID-19, outras pessoas que moram na residência também ficam doentes. Nesse contexto, uma Penitenciária, por exemplo, é um local onde há grande chance de contágio. Logo, a habitação é um fator que determina o risco de infecção.
- Produção agrícola e de alimentos: É cientificamente provado que os hábitos alimentares influenciam diretamente no sistema imune. Nesse sentido, uma pessoa que tem alimentação saudável tem seu sistema imunológico fortalecido, assim, as chances da doença evoluir para sua forma grave diminuem consideravelmente.