O Diagnostico deverá ser considerado quando a criança ou o adolescente for incluído em uma ou mais das seguintes situações:
Presença de mais de 1 dos sintomas característicos ( sibilância , dispneia, dor torácica)
Piora dos sintomas á noite ou no inicio da manha
Sintomas que variam ao longo do tempo
Sintomas que são desencadeados por infecções virais, exercícios, exposição a alérgenos, mudanças climáticas , acesso de risos ou exposição a irritantes ( ex: fumaça)
Nos <5 anos deve ser considerada se:
Sintomas com duração >10 dias durante infecções de VAS
3 episódios de sibilância por ano, episódios graves ou com piora durante o período da noite
Tosse ocasional , sibilância ou dispneia entre as crises
Atopia ou historia familiar de asma
Resposta favorável com tratamento
Terapêutica Conduta
Oxigênio : objetivo de manter oximetria entre 93-95% ( 94-98% para as crianças entre 6 e 11 anos)
Broncodilatadores :
A maneira mais eficaz para a reversão da obstrução do fluxo aéreo e está indicada para todos os pacientes. A melhor via de adm é inalatória.
Efeitos colaterais: Aumento da PAS , redução de PAD, taquicardia com palpitação , tremores, hipocalemia ( por aumento da entrada de potássio nas células musculares ), aumento dos ácidos graxos livres e aumento da glicemia.
Obs: tremores e palpitações reduzem com uso prolongado
Beta-agonista de escolha:
Salbutamol 4 a 10 jatos ( 1 jato = 100mcg)
Brometo de Ipratrópio:
Derivado da atropina que promove broncodilatação por meio da redução do tônus colinérgico das VA decorrente do bloqueio dos receptores muscarínicos, além bloquear a produção de muco pelos glândulas mucosas. Há evidencias de que o seu uso em associação aos agonistas beta-adrenérgicos inalatórios reduz o risco relativo de hospitalização.
Dose:250-500 mcg por NBZ a cada 20 min, <6anos 250mcg ( 20gotas)
Não deve ser prescrito para uso pós alta ou durante a internação. O uso é considerado apenas nas crises moderadas / graves durante o atendimento inicial em associação com beta-agonistas
Corticoides:
Agem na fase inflamatória das VA, que não sofre influencia da terapia brondilatadora. Tem inicio de ação 3 a 12h.
Estudos demonstram que não existem diferenças em relação à utilização de corticoterapia oral ou endovenosa no tto da crise de asma aguda.
Prednisolona - 1a 2mg/kg/dia dose única ( Max 40mg/dia para crianças e 50mg/dia para adolescentes e adultos)
Metilprednisolona - 1a 2mg/kg/dia dose única
Hidrocortisona - 10mg/kg/dose ( máximo de 200mg/dia) IM ou EV.
Efeitos colaterais: hipertensão, hiperglicemia , psicose e miopatia.
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Evitar VM nas crises de asma, pelo risco de barotrauma e pelo aumento de chance de complicações ( 50% das complicações acontecem em pacientes em VM)
Na indução ou na manutenção do paciente em VM , poderão ser utilizados anestésicos como halotano, isoflurano e cetamina, em função de efeito Broncodilatadores associado a potentes efeitos amnésicos e sedativos.
A VM deve ser idealmente com ventiladores ciclados a volume ou a um tempo com pressão controlada, utilizando FR baixas (15-20) volume corrente de 6 a 10 ML/KG, relação ins/exp (I/E) 1:3 ou 1:4, pico de pressão inspiratória de no max 45cm de agua e pressão positiva final ( PEEP) em níveis fisiolóegicos ou em valores inferiores aos da auto-PEEP.t
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